(500) Days of Summer

Eu não sou o maior fã de comédias românticas, não tenho nada contra o género mas nunca foi um tipo de filme que me cativasse, aliás, a principal razão que me levou a ver este filme foi o facto de a Chloë Grace Moretz aparecer nele, mas tal como diz na introdução do filme esta não é a típica comédia romântica.
Esta história fala sobre Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) um jovem formado em arquitetura que trabalha como escritor em uma empresa de cartões.

O magnum opus de Tom

Mas tudo haveria de mudar quando Tom conhece Summer Finn (Zooey Deschanel) a nova assistente do seu chefe (o grande, Clark Gregg) e depois de uma festa de karaoke da sua empresa Tom revela a Summer que gosta dela.

Este filme apresenta uma narrativa não linear alternando entre os 500 dias da relação entre Tom e Summer, apresentando a visão, a perspetiva e as espetativas de Tom face a este relacionamento.

Sinceramente, nunca pensei que o filme fosse seguir o rumo que seguiu e para ser sincero também não era o final que eu queria que acontecesse, mas acho que este filme nos tenta ensinar duas coisas muito importantes:

1º - Não nos podemos conformar com o que temos e devemos procurar sempre alcançar os nossos sonhos e objetivos

2º - Não devemos desesperar se a suposta mulher dos nossos sonhos nos "der com os pés", quem sabe se não conseguiremos encontrar alguem melhor e que mereça mais o nosso amor.

Tal como já tinha escrito, este não era o final que eu estava à espera mas foi sem duvida o melhor possível e com uma moral bastante interessante.

Devo salientar as performances de Joseph Gordon-Levitt e de Zooey Deschanel que tiveram uma química excelente, a sempre adorável Chloë Grace Moretz como Rachel a irmã mais nova de Tom que lhe dava concelhos românticos e o excelente trabalho de Marc Webb na realizaçao deste maravilhoso filme.

Verídico Final: Para este filme maravilhoso com um dos melhores guiões que vi nos ultimos tempos  na minha opinião ele merece 4 estrelas, e acho que não é preciso dizer mais nada

Death Proof

Como vocês já devem ter percebido eu sou um grande fã de Tarantino. Na minha opinião ele é o melhor realizador da sua geração, realizando sempre filmes de constante e alta qualidade

Mas neste artigo chega a exceção. Death Proof  é dos piores filmes de Tarantino que vi até hoje (também onde é que eu me fui meter visto que devo ser o único rapaz do mundo que não gosta de filmes relacionados com carros)!

O filme fala da história de Stuntman Mike um psicopata com um estranho "fetiche" de matar mulheres com o seu carro "à prova de morte". O filme divide-se em duas histórias e as duas falam de um grupo de mulheres perseguidas por Stuntman Mike

As razões para a qual eu não gostei deste filme são bastante simples:

- Um filme bastante simplista com uma história que não cativou a minha atenção;

- Ao contrário dos outros filmes de Tarantino os diálogos não são nada interessantes, demasiados longos e até um bocado aborrecidos;

- E por fim, o que mais me irritou no filme foi o final (não, não vou contar o final, não se preocupem)

O único ponto positivo do filme foi a interpretação de Kurt Russel no papel do psicopata Stuntman Mike onde deu um toque pessoal muito bom à personagem que me fez um lembrar o maior de todos os bullys (curiosidade este papel foi inspirado na personagem,da história do Feiticeiro de Oz o Leão Cobarde) e para o publico masculino que estiver por ai estejam atentos a Mary Elizabeth Winsted no papel de Lee (a rapariga vestida com um fato de rapariga da claque amarelo)

Se é que me entendes

Verídico Final: Com o maior respeito que digo que este foi o pior filme que Tarantino fez, mas claro, não podemos fazer sempre obras primas pois não?

Na minha humilde opinião dou umas desapontantes 2 estrelas a este filme

The Big Lebowski

Alguma vez se questionaram se a vossa vida dava um filme?
Ou se em vez de os realizadores de Hollywood fizessem um filme sobre alguém extremamente interessante ou charmosos, ou mesmo com super-poderes, fizessem sobre uma pessoa completamente normal (e um pouco aborrecida)?
Não se questionem mais! Já foi feito um filme sobre a vida de um homem completamente normal (e um pouco aborrecido)

Certamente quando nós estamos a pensar numa ideia seja para escrever um filme, um livro, para desenhar, para compor uma canção, surge-nos várias ideias, mas um filme sobre um"stoner head" preguiçoso e amante de bowling não é certamente a primeira coisa que nos surge na cabeça!

Continuando o que eu estava a dizer. Esta história fala sobre Jeffrey Labowski, mais conhecido por The Dude, é confundido por um milionário rico com o mesmo apelido e é atacado por dois ladrões, que acabam por destruir o seu tapete, e que dizem que Dude deve pagar as suas dividas, depois de chamar à razão e convencer os ladrões que ele não é quem procuram, este vai à procura do Lebowski rico para lhe pedir para pagar um tapete novo

É um tapete bonito

Quando Dude fala com Lebowski (rico) este dá-lhe uma tarefa e diz que apenas lhe paga o tapete se ele a completar com sucesso (não vou revelar mais que isto não quero estragar o filme a ninguém)

Dude com a ajuda dos seus amigos de bowling vai tentar fazer a missão mas vê-se metido num problema muito maior do que aquilo que era esperado

Aqui os irmãos Coen brilham (tal como é habitual) pois pegam tanto numa personagem  como num acontecimento normalíssimo (bem quer dizer... não é todos os dias que um par de ladrões entra dentro da nossa casa e urinam nos nossos tapetes, mas vocês percebem o que eu quero dizer), e transforma a história num conto muito mais complexo do que aquilo que na realidade é

Com umas interpretações feitas com uma extrema qualidade onde se nota que os atores estavam mesmo dentro da personagem:

Jeff Bridges fez o papel de The Dude uma pessoa tão calma, tão pacata, tão preguiçosa, que ao mesmo tempo que sentimos uma relação com ela porque parece que nos estamos a ver ao espelho também nos deixa um bocado incomodados por ele ser tão preguiçoso

John Goodman fez o papel de Walter um dos amigos de bowling do The Dude (e suponho que seja o seu melhor amigo, pois duvido que mais alguém atura-se as coisas que Walter faz se o considera-se menos que um melhor-amigo). Walter é um veterano do vietname traumatizado e com muito mau humor (uma combinação perigosa). Walter é daquelas pessoas com uma grande... bem vamos dizer, personalidade e que nunca admite que está errada. É uma das personagens mais interessantes do filme à medida que este se vai desenvolvendo

Por fim, destaco também Steve Buscemi que fez o papel "despercebido" de Donny o segundo amigo de Dude que sempre que abria a boca era mandado calar pelos amigos (bem não deve ser fácil fazer-se um papel onde nos estão sempre a mandar calar), mas foi graças a este que se deu o momento mais emocionante e emotivo do filme (curiosos?)

Pensavam que eu já tinha acabado não era? Não, ainda falta destacar que neste filme participa um dos melhores baixista do mundo, Flea dos Red Hot Chili Peppers, não é que tenha um papel muito importante mas é um dos meus músicos favoritos e por isso eu vou-lhe dar destaque!


Verídico Final: Uma história bastante interessante e com momentos bastante hilariantes, vale a pena ver apenas para vermos Jeff Bridges no icónico papel de The Dude
Na minha humilde opinião acho que merece umas cinco estrelas

Não digo mesmo mais nada vão mas é ver o filme!

Moonrise Kingdom

Um filme para (tal como eu) todos os jovens romanticos verem

Acho que para este filme não é preciso dizer mais nada

"Um filme para todos os jovens românticos..." adeus e obrigado!

Não, não vou fazer isso aos meus fieis leitores!

Para ser sincero nunca tinha achado muita piada aos filmes de Wes Anderson, por exemplo: tinha visto ainda à pouco tempo tempo o The Royal Tenenbaums e não tinha achado o filme nada do outro mundo... E para este filme esse era o meu único "medo", "será que o Wes vai conseguir estragar uma historia tão bem pensada?"

Mas mais uma vez fui simplesmente calado e este foi daquele tipo de filmes que superou todas as minhas expetativas (se calhar às vezes até é bom deixar-mos as nossas expetativas um bocado em baixo)

Este filme é um bom exemplo do que acontece quando todos puxam o barco para o mesmo lado; na minha humilde opinião este filme funcionou bastante bem porque todos os atores funcionaram bem em conjunto. Com um casting que me fez lembrar um filme do Tarantino, não por causa da violência mas sim pelo facto dos atores partilharem um bocado de inexperiência, pois o casal de jovens a quem foi entregue os papeis principais fizeram a sua estreia neste filme.

Vou-me deixar de pormenores técnicos e vou contar-vos o resumo do filme, a história até é bastante simples: ela fala de um casal de jovens um rapaz orfão escuteiro, Sam, e a sua namorada, Suzy, que quando se aperceberam do seu verdadeiro amor decidem largar tudo e todos e fugir da cidade e os cidadãos vão à procura deles (eu disse que a história era simples)

A história vai ganhando uma grande complexidade (bolas!) à medida que os personagens se vão desenvolvendo e revelando as suas verdadeiras facetas e emoções

As interpretações a destacar neste filme são sem sombra de duvidas as de Jared Gilman e de Kara Hayward, Sam e Suzy respetivamente, que no seu primeiro papel "a sério" (e com apemas 14 anos!) arrasaram e surpreenderam muito gente, parabéns Wes e Copolla acertaram completamente no casting! Destaco também a interpretação de Bruce Willis que realizou um papel onde mudou completamente a visão que eu tinha dele

Verídico Final: Uma comédia romântica comovente sobre dois jovens feito especialmente para pessoas com um coração jovem e romântico. O que se podia pedir mais? 4,5 estrelas é a minha classificação

Onde é que fica o nosso quarto é que já deu os patinhos!

The Watchmen

Os Watchmen de Zack Snyder deve ser dos filmes de super-heróis que mais se leva a sério que eu conheço. A ação do filme passasse em 1985 durante a guerra fria e fala da possibilidade de a ameaça nuclear ser mais real que nunca mas deixemos isto para mais tarde. Os Watchmen são um conjunto de pessoas normais (com um fato) que se juntaram para combater os criminosos, mas passado uns anos este projeto foi encerrado pelo governo e acabou com os dias de glória dos mascarados, até que um dia, the Comedian, é encontrado morto e os Watchmen vão se juntar para descobrir quem está por detrás da sua morte

Eu considero este filme completamente diferente dos outros filmes de super-heróis por uma simples razão:

ninguém tinha super-poderes. Aliás, dentro dos Watchmen reina os opostos, num lado estão pessoas normais, munidas apenas de coragem e do outro está Dr. Manhattan o ser mais poderoso do universo. Mas o foco principal do filme acaba por recair na excelente interpretação em Rorschach, o anti-herói sobre o qual se desenrola a história e que se tornou num mártir para toda a humanidade (e mais nao digo porque não quero estragar o filme a nimguém!)

Sim, o filme é assim tão negro como pensam

Eu acredito que Snyder foi a pessoa ideal para realizar este filme pois ele criou ambientes realmente perfeitos para o filme e momentos de grande tensão. Devo referir já que estava a falar de ambientes o monumental palácio onde vive Ozymandias e principalmente o seu animal de estimação que parece um cruzamento entre um lince e a pantera cor de rosa.

Os atores que mais me surpreenderam neste filme para além de Jackie Earle Haley, que interpretou Rorschach numa das personagens que mais me impressionou em toda a minha curta vida, foi Jeffrey Dean Morgan que interpretou o papel de Comedian, um psicopata com aspirações e traços de Joker, uma interpretação que eu achei bastante boa foi a do Patrick Wilson que teve o papel de Night Owl o lider dos Watchmen, que me fez lembrar o Peter Parker/Spider Man que quando mete o fato de super-herói é uma pessoa completamente diferente! O único que não me convenceu foi Matthew Goode pois acho que um personagem como o dele devia de apresentar traços (ainda mais) arrogantes e orgulhosos

Veridico Final: Um filme que serve de "open-eyes" a muitas pessoas e que deve ser visto por toda a gente

Deixo uma referência para verem o "extended cut" do filme e para prestarem bastante atenção para a história dentro da história escrita por Zack Snyder "Tales of the Black Freighter" , por isso a minha nota final e 4,5 estrelas

Nota: A introdução do filme é a melhor da história do cinema!

Inglorious Basterds

Foi a primeira vez que Tarantino realizou um filme não-fictício (quer dizer... as personagens - pelo menos algumas delas - são fictícias)  e abordou-o de uma maneira peculiar. Quem diria que um filme sobre nazis e o Holocausto podia se transformar numa espécie de "spaguetti western" tão contagiante

A maneira como Quentin abordou o tema foi bastante ortodoxa pois trata-se de um tema bastante delicado, mas (mesmo com as suas piadas negras) Tarantino conseguiu, mais uma vez fazer um excelente filme (sem magoar os sentimentos de ninguém)

Há sempre tempo para um bom copinho de leite enquanto estamos  à procura de judeus refugiados  da guerra

A história de Inglorious Basterds desenrola-se em capítulos começando por apresentar a personagem Hans Landa, conhecido como caçador de Judeus, que foi a casa de um agricultor francês procurar por judeus escondidos e depois de os encontrar e de os executar e à família do agricultor descobre que uma das filhas do pastor, Shosanna, fugiu da quinta; 
para tentar combater as forças nazis o governo americano organiza uma força de ataque inteiramente formada por militares de origem judaica comandada por Lt. Aldo Raine para tentar aniquilar o máximo de judeus possíveis. No fim estas histórias acabam todas por se cruzar criando um grande e épico final

Acho que aquilo que aquilo mais me chamou à atenção ao ver o filme para além dos diálogos e momentos cheios de tensão foi a maneira de como todos os personagens secundários encheram o ecrã! Pessoalmente depois de ver o filme ainda não sei bem quem é que é a personagem principal

Na minha humilde opinião (e de quase todos os espectadores) o ator que mais se destacou foi sem dúvida (o já referido) Christoph Waltz, um homem que me surpreendeu bastante pois sem experiência nenhuma em Hollywood apenas com alguns papeis secundários em séries de televisão alemãs, no seu primeiro papel num filme "grande" conseguiu ganhar um Óscar

Outro ator que eu tenho a destacar é Martin Wuttke que interpretou um furioso e colérico Hitler, sempre que o via dentro do ecrã impunha um enorme respeito

Verídico Final: Um filme incrivelmente bom, como era de esperar de Quentin Tarantino, e um dos meus favoritos sobre o Holocausto

Logo, atribuo uma classificação merecida de 5 estrelas